Como fazer uma planilha de gastos?
A melhor forma de controlar suas finanças é monitorá-las de perto. Confira aqui um passo-a-passo para fazer uma planilha de gastos básica:
1. Como fazer uma planilha de gastos? Escolha a ferramenta:
Uma das ferramentas mais comuns utilizadas para fazer uma planilha de gastos é o bom e velho Excel. Outra opção interessante é optar pelo Google Drive, que possui praticamente os mesmos recursos básicos do Excel, com o diferencial de que os dados são armazenados na nuvem e podem ser acessados online de qualquer computador ou mesmo do celular.
2. Insira os meses:
Para quem ainda não está habituado a fazer esse tipo de controle, uma boa ideia é começar pelo controle de gastos mensal. Escreva todos os meses do ano nas colunas, pulando a primeira:
3. Liste suas despesas:
Na primeira coluna da planilha, liste todas as suas despesas mensais, uma abaixo da outra. Não deixe de colocar o item poupança mensal, por mais que você ainda não consiga guardar nada por mês:
4. Mapeie os gastos dos últimos meses:
Para mapear como você tem administrado seu orçamento, você precisará do extrato bancário dos últimos meses e das notinhas do cartão de crédito. Some as despesas de cada categoria que você listou e preencha no campo do mês em que o gasto foi realizado:
5. Some as despesas de cada mês:
Na última linha, insira a soma de todas as despesas de cada um dos meses anteriores. Assim, vai ficar mais fácil saber se você está gastando mais ou menos do que você ganha. O Excel tem uma fórmula para facilitar esse cálculo.
6. Compare os gastos totais com sua renda mensal:
Com suas despesas mensais mapeadas e somadas, fica mais fácil saber se você está gastando mais ou menos do que deveria:
Se a pessoa ganhar R$ 5 mil por mês, por exemplo, ela adota um estilo de vida mais próximo da sua realidade, mas não consegue poupar nada por mês. Já, uma pessoa que ganha R$ 4 mil está gastando bem mais do que deveria e provavelmente está fechando o mês no cheque especial.
7. Analise suas finanças:
Retomando o exemplo anterior: se você ganha R$ 5 mil por mês e apresenta essa distribuição de gastos, uma boa pedida será cortar alguns gastos supérfluos para começar a guardar dinheiro. Mas se você ganha R$ 4 mil, talvez seja a hora de pensar em uma mudança mais brusca de padrão de vida: aumentar sua renda, diminuir significativamente seus gastos ou ambos.
Em uma primeira análise, sem muito esforço, já é possível observar algumas oportunidades de economizar: a conta de celular que veio alta no último mês e as despesas com bares e restaurantes que estão aumentando desde o início do ano. O pagamento da última parcela do empréstimo pessoal em março, por sua vez, ajudou a dar uma aliviada no orçamento mensal.
8. Crie metas de gastos:
Agora que você já sabe quanto você gasta e também o que você quer fazer (começar a guardar dinheiro ou fazer os gastos caberem dentro da renda por exemplo), crie metas de gastos para os próximos meses:
Com base nesse planejamento, você terá respaldo para tomar algumas decisões. Por exemplo, procurar um aluguel mais barato daqui a dois meses. Ou começar a guardar R$ 300 por mês na poupança e aumentar essa quantia quando começar a pagar menos aluguel. E, no fim do ano, quando pagar a última parcela do carro, em vez de fazer um novo parcelamento, aumentar a poupança mensal para R$ 1150 para ter mais dinheiro aquela viagem que você está planejando fazer nas férias do ano que vem.
9. Acompanhe seu desempenho:
À medida que os meses forem passando, substitua os valores planejados pelos que foram feitos efetivamente. Se preferir, abra uma coluna adicional ao lado de cada mês para comparar os gastos planejados com os realizados:
No exemplo acima, os gastos com supermercado superaram a previsão. Aí vale fazer uma análise: por que eu gastei mais do que planejei? Será que eu consigo mesmo reduzir essa despesa ou comprar determinadas marcas e produtos é muito importante para mim? Vale destacar que não existe resposta certa ou errada para esse tipo de pergunta. Controlar as finanças é uma questão de definir prioridades.
Outra observação importante é saber que é importante respeitar as metas criadas, mas sem esquecer que a vida é cheia de imprevistos. Em maio, foi necessário tomar um empréstimo inesperado (uma despesa de saúde por exemplo). Essas coisas acontecem e a postura mais indicada é adaptar o orçamento dos próximos meses à nova realidade.
Do lado positivo, deu para ver na prática que é possível gastar menos em bares e restaurantes. Uma dica para ajudar na redução de despesas variáveis como essa é desdobrar as metas mensais em semanais. Neste caso, se a meta mensal é de gastar R$ 450, vale definir uma meta semanal de 100 e deixar R$ 50 para eventuais desvios.
Monitorar o desempenho mensal depois que você criou metas para o orçamento é tão ou mais importante do que o levantamento inicial realizado. Assim, você consegue descobrir, por exemplo, se os objetivos criados fazem sentido (se você consegue mesmo atingi-los ou se é necessário fazer novos cortes), ver os resultados dos seus esforços e rever seu planejamento se necessário.